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sábado, 24 de novembro de 2007

Cavaco Silva em visita a Gouveia

Presidente da República está preocupado com despovoamento do distrito O Presidente da República admitiu hoje em Gouveia, onde terminou uma visita oficial de dois dias ao distrito da Guarda, estar preocupado com o problema de despovoamento que afecta a região e que atribui à falta de iniciativa empresarial. Para Cavaco Silva, o problema da "falta de gente" está "na escassez de iniciativa empresarial" registada nesta zona do interior do país. "Enquanto não surgirem empresas no interior do país, enquanto não surgirem investimentos, será muito difícil reter os jovens e criar empregos", afirmou o chefe de Estado aos jornalistas, no final da deslocação. Referiu que "há algumas indicações positivas", como acontece com a Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) da Guarda e iniciativas empresariais em Seia, "mas existe outra potencialidade não bem explorada, que é o turismo". O Presidente da República considera que nesta região, o turismo, "pode ser, de facto, uma fonte de criação de riqueza e de emprego". Destacou o exemplo de Gouveia, onde "está a fazer-se uma aposta cultural que pode contribuir para a atracção de mais visitantes", cidade onde inaugurou o primeiro museu da miniatura automóvel do país e visitou o museu dedicado ao pintor Abel Manta. Cavaco Silva disse ter esperança que a actual situação de despovoamento possa ser invertida com a criação de empregos na área do turismo, o aproveitamento dos produtos locais e com a aplicação dos incentivos fiscais para as empresas, anunciados recentemente pelo Governo. "Ouvi algumas palavras de desânimo de alguns autarcas", admitiu Cavaco Silva, referindo que "pedem mais acção da parte do Estado" para promover o desenvolvimento dos respectivos municípios. "Já não é o problema das estradas, é mais incentivos à formação dos jovens, das crianças, ao aumento da taxa de natalidade e, repito, apoios para que as empresas se instalem no distrito da Guarda e olhem para a fronteira, não como um obstáculo, mas como uma oportunidade de penetração na Europa", afirmou. O chefe de Estado também voltou a referir a sua preocupação com o decréscimo da natalidade em Portugal. "Eu não acredito que tenha desaparecido dos portugueses o entusiasmo de trazer vidas novas ao mundo", declarou. Nesta deslocação a Gouveia, Cavaco Silva inaugurou o museu da miniatura automóvel, projecto que envolveu o município de Gouveia, o Automóvel Club de Portugal, o Clube Escape Livre e o coleccionador Fernando Taborda. No espaço, que na inauguração contou com a presença dos pilotos Elisabete Jacinto, Manuel Gião e Pedro Matos Chaves, estão expostas cerca de três mil miniaturas automóveis. Após o corte da fita, o chefe de Estado deslocou-se ao museu Abel Manta onde procedeu à entrega dos prémios de pintura Abel Manta, instituído na passagem dos 25 anos da morte do artista, aos três vencedores: Daniel David (Porto), Mónica Seabra Nogueira (Viseu) e José Fonte (Coimbra). A passagem pelo concelho de Gouveia terminou com uma visita à Fundação D. Laura dos Santos, na localidade de Moimenta da Serra, que foi pioneira na implementação de uma unidade geriátrica de acamados, a funcionar há 25 anos. A instituição possui valências de lar de idosos, centro de dia, apoio à infância, ministra formação profissional a grupos sociais desfavorecidos e desenvolve o "Projecto Mãos Abertas - Comunidade de Inserção e Centro de Acolhimento Temporário" que acolhe crianças em risco e mulheres vítimas de maus tratos e de violência doméstica. O presidente da Câmara local, Álvaro Amaro, alertou Cavaco Silva para alguns dos problemas do seu concelho, defendendo que "tem que haver uma cruzada a favor do interior". O autarca social-democrata recordou que o seu concelho, entre 1981 e 2001, perdeu cerca de três mil pessoas.

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